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Facção criminosa é alvo de operação contra tráfico de drogas em presídio em Tremembé

Forças de segurança prenderam 15 pessoas e cumpriram nove mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (26).

Uma facção criminosa foi alvo de uma operação nesta quarta-feira (26) contra o tráfico de drogas no interior do presídio Edgard Magalhães Noronha, o Pemano, em Tremembé (SP).

Ao todo, 15 pessoas foram presas em São Paulo, Osasco e Taubaté e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Um agente penitenciário está entre os presos – ele foi detido em fevereiro durante as investigações.

A operação Ninjas foi deflagrada pela Polícia Civil e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, com apoio da Secretaria de Administração Penitenciária e do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep).

Segundo as investigações, o tráfico de drogas no Pemano é chefiado por integrantes de uma facção criminosa que estão em regime semiaberto. Além de prisões e busca e apreensão, a Justiça também determinou bloqueio de valores em contas de alguns alvos.

As investigações, que duraram cerca de três meses, levaram a prisões e apreensões de mais de 70 kg de drogas, armas de fogo, e celulares.

A referência aos “Ninjas” no nome da operação se deve ao modo como o grupo faz para inserir drogas, armas e celulares para a comercialização e uso dos presos no interior da unidade prisional. Os objetos são arremessados por diversas formas.

Drogas no Pemano

As ocorrências de drogas no Pemano são constantes. Depois de inúmeras tentativas de entrega de celulares, armas e drogas na unidade, o MP fez uma investigação e pediu a interdição parcial do presídio. O órgão justifica o pedido pela falta de servidores para fazer a segurança em meio à superlotação da unidade.

Durante a investigação, que começou em setembro de 2020, o órgão identificou que 85 dos 169 servidores estão na ativa.

O local está superlotado. De acordo com a própria administração, são cerca de 3 mil presos em uma área que abrigaria 2,6 mil. O baixo efetivo diante do alto índice de presos, tem colocado a unidade em situação vulnerável de segurança, de acordo com o MP.

“Segundo cálculos, há um guarda para cerca de 1600 presos. No momento, a unidade aloja 3089 presos, sendo que muitos foram vistos jogando futebol, praticando esportes e trabalhando sem o controle efetivo dos servidores, dada a escassez referida”, diz trecho do pedido.

O MP chegou a dar prazo para que a SAP adotasse medidas de segurança no local em outubro de 2020, mas sem retorno até abril de 2021 pediu a interdição parcial do presídio, pedindo que fossem mantidos apenas 1,6 mil presos. O pedido depende da análise da justiça e não há prazo para uma decisão.

Fonte: G1

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Equipe de redação News Vale, o Portal de Noticias do Vale do Paraíba, Alto Tietê e Região Bragantina

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