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Catador de reciclagens que vendeu portão furtado para comprar leite aos 2 filhos é solto pela Justiça no interior de SP

Ele foi preso após ser flagrado pela Guarda Civil Municipal de Taubaté transportando uma das folhas, após ter vendido a outra por R$ 30 em um ferro velho. Liberdade dele foi concedida após pedido da Defensoria Pública.

Um catador de reciclagens preso por furtar um portão e vender para comprar leite para os dois filhos foi solto pela Justiça em Taubaté, no interior paulista. O caso ocorreu no dia 30 de janeiro e a soltura, no dia seguinte.

O homem foi flagrado por guardas civis municipais, que foram acionados pelo Centro de Operações Integradas (COI), carregando uma das folhas do portão enquanto empurrava uma bicicleta em direção a um ferro velho. Ele disse havia retirado o portão do chão do antigo clube da Associação Desportiva da Polícia Militar (A.D.P.M.), prédio que foi comprado pela prefeitura e que não tem segurança ou barreira de entrada no local.

Ao ser confrontado, o catador de reciclagens disse que pensava que o antigo clube estava abandonado por não haver segurança e outras pessoas costumarem retirar itens do local. Ele informou aos guardas que havia vendido a primeira folha da porta por R$ 30 e que usaria o dinheiro para comprar leite para os filhos.

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Ele foi levado à delegacia, onde foi arbitrada fiança de um salário mínimo, R$ 1.212,00, que ele não teve condição de pagar.

Catador de reciclagens que vendeu portão furtado para comprar leite aos 2 filhos é solto pela Justiça em Taubaté; uma das folhas de portão furtada por ele da A.D.P.M. foi vendida por R$ 30 — Foto: Reprodução

Catador de reciclagens que vendeu portão furtado para comprar leite aos 2 filhos é solto pela Justiça em Taubaté; uma das folhas de portão furtada por ele da A.D.P.M. foi vendida por R$ 30 — Foto: Reprodução

O pedido de liberdade dele foi feito pelo defensor público Saulo Dutra de Oliveira e acatado pela juíza Márcia Beringhs. O Ministério Público deu parecer contrário à soltura do catador de reciclagens.

Para a Defensoria Pública, o caso se tratou de uma desproporção na aplicação da lei.

“Prisões como essa só demonstram a evidente desproporcionalidade do uso do direito penal e da prisão para condutas insignificantes e, no caso concreto, mais uma situação de furto para alimentar filhos, num momento de extrema crise no país”, disse o defensor.

Fonte: G1

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Equipe de redação News Vale, o Portal de Noticias do Vale do Paraíba, Alto Tietê e Região Bragantina

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